A USP (Universidade de São Paulo) mantém a liderança no RUF (Ranking Universitário Folha) pela quinta edição consecutiva, com a Unicamp (Universidade de Campinas) logo atrás, na segunda posição.
A maior universidade pública do país, no entanto, perdeu fôlego em parte dos indicadores. Segue à frente em pesquisa e mercado, mas recua em internacionalização e inovação.
Pela primeira vez em 11 edições do RUF, a Unicamp iguala a USP no número de indicadores em que lidera. Mantém a primeira colocação em ensino e assume a liderança em inovação.
Ao todo, no RUF 2025, foram avaliadas 204 universidades públicas e privadas ativas no país. O ranking considera cinco indicadores: pesquisa, ensino, mercado, inovação e internacionalização.
Desde que passaram a ocupar as duas primeiras posições, no RUF 2019, as universidades paulistas nunca estiveram tão próximas. A diferença entre os resultados alcançados pela USP (nota 98,34) e pela Unicamp (97,99) é de apenas 0,35 ponto em uma escala que vai até cem, a menor já registrada entre as duas instituições.
Em pesquisa científica, critério de maior peso no ranking, que vale 42 pontos na avaliação, a distância entre as duas é inferior a 0,15 ponto. A Unicamp tem desempenho superior ao da USP em todos os indicadores de pesquisa que levam em conta, proporcionalmente, o número total de professores das instituições.
A liderança em internacionalização, que nas duas edições anteriores pertencia à USP, retorna agora para a UFABC (Universidade Federal do ABC). Mesmo na 35ª posição geral, a universidade é a que mais vezes ocupou a liderança nesse indicador.
Na sequência, a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) mantém a terceira posição do ranking, seguida pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em quarto lugar. Ex-líder do RUF em 2016 e 2017, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) cai uma colocação e aparece em quinto, no seu pior desempenho em todas as edições do ranking.
Sudeste e Sul continuam concentrando as melhores universidades. Fora dessas regiões, apenas a UnB (Universidade de Brasília) aparece entre as dez primeiras, em oitavo lugar. A UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) mantém a liderança no Nordeste, ocupando a 12ª posição. Na região Norte, a mais bem colocada é a UFPA (Universidade Federal do Pará), na 30ª posição, avançando uma colocação em relação à edição anterior do ranking.
A PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) segue como a melhor instituição privada do país, subindo uma posição e alcançando o 21º lugar na classificação geral.
Em direito, curso com maior número de ingressantes no ensino superior presencial, a USP mantém a primeira posição no ranking das públicas. Entre as instituições privadas, a FGV-SP (Fundação Getulio Vargas de São Paulo) lidera pelo quarto ano consecutivo e registra também o maior percentual de aprovação no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), indicador que integra a avaliação do curso no RUF.
Filosofia volta a integrar a lista das carreiras avaliadas, substituindo zootecnia, que deixou de figurar entre os cursos com maior número de ingressantes, segundo o Censo da Educação Superior de 2023.